sábado, 30 de outubro de 2010

Seja fiel no pouco, senão...

É muito fácil cobrarmos das pessoas o melhor delas para Deus. Queremos que elas façam o que fazemos, que elas estejam no culto que dirigimos, ou façam aquilo que queremos. Às vezes, queremos mais que elas façam o que queremos do que aquilo que realmente Deus quer. Antes de desejarmos que os outros dêem seu melhor para Deus, precisamos, primeiramente, dar o nosso melhor a Ele. Será que temos dado o nosso melhor a Deus? Não podemos avaliar a espiritualidade de uma pessoa somente pelo que enxergamos ou vemos nela, mas sim pelos seus frutos. Na verdade, não podemos julgar a ninguém, pois aquele que julga, será julgado na mesma medida. Você critica o irmãzinho porque ele cometeu determinado pecado? Pare de julgá-lo e criticá-lo, pois julgando-o, você estará trazendo condenação para tua própria vida. Desse modo, não seja como o fariseu, mas aja como o publicano. Enquanto teu irmão está justificado por já ter batido no peito e se arrependido, você entra em condenação por julgá-lo.
Assim, compreenda que Deus tem planos diferentes para cada um de nós. Nem todos somos iguais. A arvore é conhecida pelos frutos e não pelas folhas. Em outras palavras, não é o discurso ou as obras que estão valendo, mas sim os frutos, ou, em outras palavras, as vidas que realmente têm sido edificadas por tal pessoa. Não podemos cobrar a presença das pessoas em determinados cultos só porque nós estamos lá na frente, mas sim porque Jesus deve estar lá. Será que temos tentado atrair as pessoas para Jesus, ou nossa maior preocupação é atrair a igreja para nós mesmos? Será que nosso ministério está focando Jesus ou só é usado para meu próprio benefício? Pense nisso. Dar o melhor para Deus é obedecê-lo nas pequenas coisas. Talvez oramos tanto por crescimento, mas será que temos sido fiel no pouco? Quantas pessoas nos visitam, mas por que será que elas não permanecem? Será que temos atendido e amado essas vidas? Será que temos feito nosso melhor a elas? Se não, Deus nunca trará crescimento uma vez que temos que ser fieis no pouco para termos o muito. Se formos infiéis no que Ele tem nos confiado, Ele nunca acrescentará mais nada em nossas mãos. Você como membro do corpo, dedique-se a dar o melhor a Deus. Reflita sobre isso.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A Síndrome de Peter Pan

“Como meninos, agitados de um lado para o outro”

Essas palavras de Paulo são reveladoras. Ele diz que não devemos ser “como meninos, agitados de um lado para o outro” (Efésios 4.14). Não podemos permanecer crianças pelo resto das nossas vidas. O não crescimento e não desenvolvimento de um bebê é sinal de algum tipo de enfermidade ou anormalidade. Uma criança saudável e normal cresce e se desenvolve. É isso o que Paulo está dizendo aos cristãos. O novo-nascimento não é o bastante. Precisamos crescer, nos tornar maduros e cada vez mais parecidos com Jesus (Efésios 4.13). Deus não nos salvou e arrancou das garras do diabo a fim de que fôssemos crianças para sempre. Deus não planejou e nem deseja que sejamos bebês ou meninos espirituais por toda a nossa peregrinação nessa terra.

Na verdade, o diabo é quem tem esse desejo e projeto. Se ele não consegue nos aprisionar nas trevas, ele tenta nos aprisionar na infância espiritual. Se ele não consegue impedir-nos de encontrar com Deus, ele tentará impedir-nos de crescer em Deus. Se ele não consegue abortar o nosso novo-nascimento, ele tentará abortar o nosso crescimento. Ele trabalhará de todas as maneiras, usará de todos os seus estratagemas, lançará todos os seus dardos inflamados, enviará todos os seus ventos e sugestões para que permaneçamos simplesmente bebês espirituais, gente que não cresce, doentes na alma e no espírito, velhos no corpo e meninos na fé.

Meninos são fáceis de serem agitados e levados de um lado para o outro. Meninos são facilmente manipulados. Basta vir uma onda mais forte, um vento mais furioso, um argumento – aparentemente – mais convincente, um presente mais bem embrulhado, uma recompensa mais imediata, uma palavra mais colorida e os meninos se deixam levar. Os meninos não se levam a si mesmos, mas são levados pelos outros. São carregados por todos os que simplesmente têm a intenção de carregá-los. Não é necessário muito malabarismo para levar as crianças. As crianças são atraídas por tudo o que parece bonito e traz satisfação imediata. Por isso não é difícil fazer com que os meninos troquem os tesouros do amanhã pelas bugigangas do presente, as promessas de Deus pelas promessas do diabo, a Palavra do Senhor pela palavra do homem, a cidadania nos céus pelos prazeres transitórios do pecado.

Por essa razão, o apóstolo Paulo faz uma apelo em prol do crescimento dos cristãos! Não basta ter acontecido o novo nascimento; tem que haver crescimento. Jesus não morreu e ressuscitou simplesmente para salvar o ser humano da morte eterna, mas também para salvar o ser humano de uma infância perene. Jesus morreu, ressuscitou e concedeu dons aos homens para eles crescerem e chegarem “à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Efésios 4.13). Nós não nascemos para não crescer! Pelo contrário, nós nascemos para nos tornarmos adultos! Enquanto o crescimento é normal, o não-crescimento é sinal de anormalidade. Um bebê que nasce e não cresce é um bebê anormal. Pela fragilidade da sua condição, ele precisa de cuidados especiais a fim de não ser levado de um lado para o outro, de uma enfermidade para outra enfermidade, de uma escravidão para outra escravidão.

Nós precisamos crescer! Não podemos permanecer debaixo da Síndrome e maldição de Peter Pan. Não podemos permanecer debaixo da escravidão de Satanás, sendo crianças por toda a nossa vida cristã. Jesus morreu e ressuscitou para nascermos e crescermos, para passarmos pela infância e chegarmos à maturidade. A nossa conversão e o novo nascimento não são o fim, mas apenas o início da nossa salvação. Nascemos de novo para crescermos de novo. Precisamos crescer até nos tornarmos mais parecidos com Cristo. Jesus é o nosso padrão de crescimento. Para sabermos o quanto já crescemos, basta sabermos o quanto parecemos com Jesus. Não basta dizermos que amamos Jesus, mas sim amarmos com Jesus amou, perdoarmos aos outros com Ele perdoou, relacionarmo-nos com o Pai como Ele se relacionou, obedecermos a Deus como Ele obedeceu, entregarmo-nos em favor dos outros como Ele se entregou, servirmos às pessoas como Ele serviu, desapegarmo-nos do mundo como Ele se desapegou, profetizarmos ao mundo como Ele profetizou, andarmos nessa terra como Ele andou.